Eu já esperava algo fora do comum, já que o diretor é o mesmo de Barbarian (que eu adorei), mas a criatividade aqui me deixou realmente impressionado. Zach Cregger conduz a história com confiança, ampliando a escala e explorando formas nada convencionais de narrativa. O mais curioso é como ele conta, essencialmente, a mesma história várias vezes, mas cada vez sob a ótica de um personagem diferente — e isso muda completamente o impacto e a profundidade.
O ritmo é propositalmente mais lento no início, algo que pode incomodar quem prefere terror direto ao ponto, mas aqui esse tempo é essencial para construir tensão, dar peso às emoções e criar um contraste poderoso quando o horror começa a tomar conta. E quando chega lá… chega com força.
O filme se apoia em personagens complexos, imperfeitos e muito humanos, que vivem numa comunidade suburbana à beira do colapso. Cada capítulo traz uma nova perspectiva, revelando aos poucos as peças de um quebra-cabeça insano. Essa estrutura não só mantém o mistério vivo, mas também transforma Weapons num daqueles filmes que ficam na cabeça por dias.
Não é um terror tradicional — é mais sobre a estranheza da situação, a sensação crescente de paranoia e a forma como as histórias se entrelaçam até explodirem num terceiro ato absurdamente insano e catártico. Cregger confia no público, não entrega respostas mastigadas e ainda entrega um banho de criatividade, ótimas atuações e violência prática no ponto certo.
Se você curte inovações narrativas e está aberto a experiências diferentes, A Hora do Mal é obrigatório. Mas, se prefere o terror mais linear e previsível, talvez estranhe. Eu saí do cinema admirando a coragem e a ousadia.
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Rafha Araujo, fundador da Horror Club, trouxe à vida essa comunidade em 2022 para fãs apaixonados pelo terror. Viciado em clássicos como Return of the Living Dead Part 2, Halloween, Sexta-Feira 13 Part 6, A Hora do Pesadelo, Pânico e Hereditário, compartilho aqui o melhor do universo sombrio. Se você também vive e respira horror, está no lugar certo!
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